Estratégias de Gestão de Risco
O Que é Gestão de Riscos em Finanças?
A gestão de riscos no setor financeiro se refere ao processo de identificar, avaliar e mitigar riscos de perdas em um investimento. O risco de perda surge quando o mercado se move na direção oposta às nossas expectativas. As tendências são formadas pelo sentimento de risco dos investidores, que pode ser influenciado por múltiplos fatores. Esses fatores são principalmente eventos políticos, como eleições, eventos econômicos, como decisões de taxas de juros, ou eventos de negócios, como novas tecnologias.
A Importância da Gestão de Riscos para Traders
Aplicamos a gestão de risco para minimizar perdas se a maré do mercado virar contra nós após um evento. Embora a tentação de aproveitar todas as oportunidades esteja presente em todos os traders, devemos conhecer os riscos de um investimento com antecedência para garantir que poderemos aguentar os momentos caso as coisas derem errado. Todos os traders bem-sucedidos sabem e aceitam que negociar é um processo complexo, e uma estratégia de gestão de risco de forex e um plano de negociação nos permitem ter uma fonte de renda sustentável.
Plano de Negociação e Gestão de Risco
A principal diferença entre traders bem-sucedidos e malsucedidos é a qualidade do seu plano de negociação forex e a estratégia de gestão de risco Forex. Um bom plano de negociação inclui:
- quais instrumentos financeiros focar,
- quando entrar e sair de negociações,
- definir nossos limites de lucros e perdas,
- como determinar oportunidades úteis ou inúteis,
- o que fazer quando os mercados se voltam contra nós,
- como lidar com nossas emoções em relação à negociação,
- que precauções tomar para garantir que seguiremos esse plano.
Por que a gestão de risco Forex é importante a longo prazo?
Os mercados Forex são tentadores porque têm muitas oportunidades de negociação, que podem potencialmente gerar grandes lucros rapidamente, além de investir grandes quantias em posições únicas. No entanto, a maioria dos traders logo percebe que essa não é uma abordagem sustentável e, após algumas negociações, uma única perda pode acabar com o portfólio. Implementar uma estratégia de gerenciamento de risco bem projetada e detalhada nos permitirá permanecer lucrativos a longo prazo e criar uma fonte estável de renda, que podemos aumentar ao longo do tempo.
Como Funciona a Gestão de Risco?
Risco é a probabilidade do retorno real sobre o investimento (ROI) se desviar do retorno esperado. Os desvios ocorrem devido a eventos durante uma negociação e variam em direção e magnitude.
- Um evento favorável pode levar a lucros maiores do que o esperado.
- Eventos desfavoráveis podem causar lucros menores do que o esperado, empate (sem lucro) ou incorrer em prejuízo.
Esses eventos também influenciam a volatilidade do mercado, ou seja, o quanto e quão rápido os preços sobem ou caem. Entender sua tolerância ao risco, ou quanta incerteza você suporta, é uma parte fundamental da gestão de risco.
A gestão de riscos começa com a identificação e avaliação dos riscos e, então, a preparação para lidar com eles de forma eficaz.
Etapa 1: Identificação de Riscos Financeiros
A identificação de riscos começa com a compreensão do que pode causar movimentos de preços nos ativos que você negocia.
Principais Fatores de Risco
Fatores Econômicos Primários
São eventos de grande porte que impactam mercados ou indústrias inteiras. Eles influenciam tendências de longo prazo no mercado. Exemplos incluem:
- Decisões sobre taxas de juros: bancos centrais, como o Federal Reserve, aumentam ou diminuem as taxas para controlar a inflação ou estimular o crescimento econômico. Essas decisões repercutem nos mercados, influenciando todos os preços dos ativos.
- Guerras comerciais ou eventos geopolíticos: Grandes conflitos, como guerras tarifárias entre países, podem criar incerteza e prejudicar os mercados globais.
Fatores Econômicos Secundários
Influenciam tendências de curto e médio prazo e a confiança do investidor. Exemplos incluem:
- Relatórios econômicos: números de emprego, taxas de crescimento do PIB ou estatísticas de inflação podem aumentar ou reduzir o otimismo do mercado.
- Dados de sentimento do consumidor: perspectivas positivas ou negativas do consumidor geralmente afetam as tendências de gastos e investimentos.
Fatores Econômicos Terciários
São eventos mais restritos, específicos de ativos, que podem não afetar o mercado mais amplo, mas ainda podem criar movimentos de preços significativos. Exemplos incluem:
- Relatórios de lucros trimestrais: Fornecem insights sobre o desempenho de uma empresa. Resultados melhores do que o esperado podem temporariamente elevar o preço das ações, enquanto resultados decepcionantes podem fazer com caiam.
- Lançamentos de produtos ou desenvolvimentos do setor: por exemplo, o lançamento de um novo smartphone pode impulsionar o preço das ações de uma empresa de tecnologia.
Passos para Identificar Riscos Relevantes
- Concentre-se no que importa: comece listando eventos econômicos que provavelmente influenciarão seus ativos.
- Avalie suas características: observe o impacto, a frequência e as condições que podem afetar esses eventos (por exemplo, o que pode causar um aumento na taxa de juros?).
- Planeje para resultados diferentes: imagine cenários perfeitos e péssimos para cada evento. Avalie como impactariam suas negociações.
Ao se concentrar nos riscos relevantes, você eliminará informações desnecessárias e se preparará para os eventos mais importantes.
Etapa 2: Compreendendo os Tipos de Riscos
Em finanças, existem duas categorias principais de riscos: riscos sistemáticos e riscos sistêmicos.
Riscos Sistemáticos
Abrangem o mercado inteiro, afetando todos os ativos ou setores. São externos e não podem ser eliminados, mesmo se você diversificar seu portfólio.
Tipos de Riscos Sistemáticos:
Risco de Mercado
- Impulsionado por emoções como medo ou ganância, o risco de mercado geralmente resulta do comportamento coletivo dos traders.
Exemplo: Mesmo que uma empresa apresente bom desempenho, o preço de suas ações pode cair durante uma liquidação generalizada do mercado causada por pânico dos investidores.
Risco de Taxa de Juros
- As taxas de juros, controladas pelos bancos centrais, influenciam os custos de empréstimos para empresas e consumidores.
- Os títulos são especialmente sensíveis a mudanças de taxa. Por exemplo:
- Taxas mais altas: reduzem os valores dos títulos à medida que os investidores exigem maiores retornos.
- Taxas mais baixas: aumentam os valores dos títulos à medida que títulos mais antigos com retornos mais altos se tornam mais atraentes.
Risco de Inflação
- Inflação se refere ao aumento dos preços de bens e serviços.
- Isso reduz o poder de compra dos consumidores e investimentos de renda fixa, como títulos, são particularmente afetados.
Risco de Taxa de Câmbio
- Em uma economia global interconectada, as flutuações cambiais afetam as empresas envolvidas no comércio internacional.
Exemplo: companhias aéreas e exportadores frequentemente sofrem perdas quando a moeda nacional enfraquece em relação a outras, aumentando os custos.
Riscos Sistêmicos
Diferentemente dos riscos sistemáticos, os riscos sistêmicos são raros, mas podem ser catastróficos. Eles ocorrem quando uma parte do sistema financeiro falha, causando uma reação em cadeia.
- Exemplo de Risco Sistêmico:
Em 2008, o colapso do Lehman Brothers causou uma crise financeira global. Como o Lehman estava interconectado com muitas outras instituições, sua falência afetou bancos, empresas e economias em todo o mundo.
Por que os riscos sistêmicos são difíceis de gerenciar?
- São imprevisíveis e podem expor vulnerabilidades ocultas no sistema financeiro.
- Gerenciar riscos sistêmicos requer regulamentações robustas e monitoramento constante de pontos fracos para evitar danos generalizados.
Avaliação: Como Avaliar Riscos de Negociação?
Avaliar riscos de negociação ajuda você a entender o impacto potencial de suas decisões e eventos de mercado. Existem dois principais tipos de risco para considerar:
- Riscos Ativos: riscos causados pela estratégia de negociação escolhida.
- Riscos Passivos: riscos causados por eventos de mercado mais amplos, além do seu controle.
Riscos Ativos e Alpha
O que São Riscos Ativos?
Riscos ativos surgem da maneira como você gerencia o portfólio. Estão vinculados à sua estratégia de negociação específica, como a forma como você seleciona ativos ou cronometra suas negociações.
Medindo Risco Ativo com Alpha
Alpha é uma métrica usada para avaliar risco ativo. Ela compara um ativo a um benchmark.
- Alpha positivo: indica que o ativo superou o benchmark.
- Alpha negativo: indica que o ativo teve desempenho inferior ao benchmark.
Exemplo:
Digamos que você esteja analisando ações do Facebook (Meta) usando um período de 30 dias. Se o seu alpha em relação ao índice US_Tech100 for +3%, significa que o retorno do Facebook foi 3% maior que o índice durante esse período.
O Alpha ajuda você a determinar se sua estratégia de negociação está agregando valor ou ficando aquém do mercado.
Riscos Passivos e Beta
O Que São Riscos Passivos?
Riscos passivos vêm de eventos de mercado que você não pode controlar, como mudanças econômicas, notícias ou tendências globais. Esses riscos afetam todos os investimentos, em graus variados.
Medindo o Risco Passivo com o Beta
O beta é uma métrica usada para medir a volatilidade de um ativo, em comparação com seu índice de referência.
- Beta básico = 1: a volatilidade do ativo corresponde ao benchmark.
- Beta > 1: O ativo é mais volátil que o benchmark, o que significa retornos potenciais mais altos, mas também riscos mais altos.
- Beta < 1: O ativo é menos volátil que o benchmark, indicando menor risco e menor potencial de lucro esperado.
Exemplo:
Imagine que você avalia o beta da Coca-Cola em relação ao índice Dow 30. Se o beta da Coca-Cola for 1,5, significa que a ação é 50% mais volátil do que o índice. Essa volatilidade maior significa que investir na Coca-Cola pode oferecer maiores retornos, mas também carrega um risco maior de perda.
Principais Conclusões
- Alpha mede o quão bem sua estratégia de negociação funciona em comparação ao mercado. Mire em um alpha positivo, para mostrar que você está superando o benchmark.
- Beta mede o quanto seus investimentos reagem a mudanças de mercado. Um beta mais alto significa mais volatilidade (risco e retornos potenciais mais altos), enquanto um beta mais baixo significa mais estabilidade (risco e retornos mais baixos).
Ao avaliar riscos usando alpha e beta, você pode entender melhor o desempenho da sua estratégia e como seus investimentos respondem às condições de mercado.
Calculando Alfa (α) e Beta (ß)
- Alfa (α) = Rp – [Rf + ß(Rm – Rf)]
- Beta (ß) = Covariância (Re, Rm) / Variância (Rm)
- Rp: Retorno % do portfólio – retorno % do portfólio no período escolhido
- Rm: Retorno do mercado – retorno % do benchmark no período escolhido
- Rf: Retorno do comércio livre de risco – retorno % de um investimento de risco mínimo
- Re: Retorno do patrimônio líquido – retorno % da ação no período escolhido
Por exemplo, queremos calcular nossa exposição ao risco ao negociar ações da Microsoft no Q4 e usar o índice NASDAQ 100 como referência.
- o retorno da carteira (Rp) foi de 15%;
- o retorno do índice NASDAQ 100 (Rm) foi de 10%;
- o retorno da Nota do Tesouro dos EUA (Rf) de 3 meses foi de 1%;
- o retorno das ações da Microsoft (Re) foi de 12%.
Como precisamos de beta para calcular alpha, começamos com ß primeiro. Digamos que, no período dado, há uma correlação de preço de 0,9 (90%) entre a Microsoft e o NASDAQ 100, e a variância de preço do NASDAQ é de 1,35%. Calculamos a covariância da ação e do mercado, então dividimos pelo retorno do mercado e encontramos ß = 0,67 (67%). Em seguida, usamos ß para calcular alpha. Inserimos os números na fórmula e encontramos α = 7,97%. Interpretando nossos valores de α = 7,97% e ß = 0,67, concluímos que no período, a Microsoft teve um desempenho melhor do que o índice de referência NASDAQ 100, trazendo 7,97% mais retorno ajustado ao risco e experimentando 33% menos volatilidade.
Aplicação Prática de Alpha e Beta
Os valores alpha e beta são calculados com base no desempenho passado. Ao estudar como um ativo financeiro e seu benchmark se saíram durante um período, podemos prever a exposição futura ao risco para um período de tempo similar.
Exemplo:
Imagine que a Apple lançou um novo iPhone, e você quer estimar como as ações da Apple podem se comportar nos próximos três meses. Aqui está uma abordagem:
- Analise o desempenho das ações nos três meses seguintes ao lançamento anterior do iPhone.
- Use o índice NASDAQ-100 como referência.
- Calcule os valores alpha (risco ativo) e beta (risco passivo) para esse período.
- Aplique esses valores para estimar o risco potencial e o retorno das ações da Apple nos próximos três meses.
Existem vários métodos avançados para melhorar a precisão de suas previsões.
- Usando Vários Períodos
Em vez de depender apenas de um lançamento de produto anterior, você pode examinar dados dos últimos três lançamentos.
Passos:
- Calcule os valores alfa e beta para cada um dos três períodos de tempo.
- Calcule a média dos resultados para encontrar os valores gerais de alpha e beta.
Médias Ponderadas:
As condições de mercado terão mudado ao longo do tempo. Para levar isso em conta, os analistas geralmente atribuem mais peso aos dados recentes, calculando um alfa ponderado e um beta ponderado.
- Estabelecendo um Intervalo de Confiança
Um intervalo de confiança oferece um intervalo no qual os valores alpha e beta futuros provavelmente cairão.
Passos:
- Calcule o desvio padrão (DP) dos seus valores alpha e beta de períodos anteriores.
- Use esses valores de DP para criar um intervalo de confiança:
- 67% de confiança: os resultados ficarão dentro de ±1 DP.
- 95% de confiança: os resultados ficarão dentro de ±2 DP.
Exemplo:
Se o valor alpha médio for 4% e o desvio padrão for 0,5%:
- Com 67% de confiança, o próximo valor alfa estará entre 5% e 4,5%.
- Com 95% de confiança, o próximo valor alfa estará entre 0% e 5,0%.
Principais Conclusões
- Previsões Alpha e Beta: Analisar o desempenho passado ajuda a estimar riscos ativos (alpha) e passivos (beta) para o futuro.
- Vários Períodos: amplie sua análise incluindo dados de vários eventos semelhantes e usando médias ponderadas.
- Intervalos de Confiança: use o desvio padrão para criar um intervalo onde os valores futuros provavelmente cairão, ajudando você a avaliar riscos potenciais com maior precisão.
Ao refinar esses cálculos, você pode tomar decisões mais bem informadas sobre riscos e retornos de negociação.
Mitigação: Estratégias de Gestão de Riscos
Depois de identificar e avaliar os riscos em suas negociações, o próximo passo é gerenciá-los de forma eficaz. Existem três principais caminhos para reduzir riscos de trading:
- Abordagens Baseadas em Orçamento
- Diversificação de Portfólio
- Estratégias de Proteção (Hedging)
Esta seção se concentra em abordagens baseadas em orçamento, que envolvem administrar seu dinheiro com sabedoria para minimizar riscos.
Abordagens Baseadas em Orçamento para Gestão de Riscos
Estratégias baseadas em orçamento ajudam a alocar o capital de negociação de forma eficaz. Essas estratégias incluem definir regras para tamanhos de posição, gerenciar lucros e perdas (P/L) e definir metas de preço. Elas agem como um guia sobre como usar seus fundos em todos os investimentos.
Dica: Você pode usar uma calculadora de negociação para estimar os resultados potenciais de uma negociação antes de se comprometer.
Dimensionamento de Posição
O dimensionamento da posição determina quanto do seu capital você deve alocar para uma única negociação.
- A Regra de 1%: Muitos traders bem-sucedidos seguem esta regra. Ela sugere que nenhuma posição única deve usar mais do que 1% do seu capital total de trading.
- Exemplo: se seu capital for de US$ 10.000, você não deve alocar mais de US$ 100 a uma única negociação.
Por que Isso é Importante:
- Protege você de perdas significativas durante movimentos voláteis do mercado.
- Garante que você tenha capital suficiente para cobrir lucros e perdas flutuantes.
Cada ativo tem diferentes níveis de risco e volatilidade. Ajuste o tamanho da sua posição para equilibrar os ganhos potenciais com os riscos associados.
- Relação P/L
A relação P/L (lucro/prejuízo) mede a frequência com que suas negociações são lucrativas em comparação às não lucrativas.
- Uma alta taxa P/L é boa, mas não garante a lucratividade do portfólio. O tamanho dos seus ganhos importa tanto quanto a frequência deles.
- Para entender com que frequência você precisa vencer, calcule sua relação recompensa/risco (RRR na sigla inglesa).
Exemplo:
- Se seu RRR for 3:1 (você pretende ganhar US$ 3 para cada US$ 1 arriscado), você precisa de uma taxa de ganho de 25% para empatar.
- Se seu RRR for 1:1 (você arrisca US$ 1 para ganhar US$ 1), você precisará de uma taxa de vitória de 50% para empatar.
Ferramentas online podem ajudar você a calcular a relação P/L necessária, com base em suas metas de recompensa/risco.
Metas de preço
Saber quando sair de uma operação é tão importante quanto saber quando entrar.
Por que Definir Metas de Preço?
- Sair no momento certo ajuda a garantir lucros ou evitar maiores perdas.
- Manter uma posição vencedora aberta por muito tempo pode levar a reversões, onde os movimentos do mercado eliminam seus ganhos.
Como Usar Metas de Preço:
- Defina um nível de preço específico onde você fechará sua negociação para obter lucro.
- Defina níveis de stop loss para minimizar perdas potenciais caso o mercado se mova contra você.
Principais Conclusões
- Dimensionamento da posição: nunca arrisque mais do que uma pequena porcentagem do seu capital em uma única negociação.
- Razão P/L: entenda a taxa de ganho necessária com base em sua relação recompensa/risco.
- Metas de preço: planeje saídas com antecedência para garantir lucros e limitar perdas.
Ao seguir essas estratégias baseadas em orçamento, você pode assumir o controle dos seus riscos de negociação e melhorar seu sucesso a longo prazo.
Agora que sabemos como identificar e avaliar os riscos ativos que ocorrem devido à nossa estratégia de negociação, além dos riscos passivos que ocorrem devido às condições de mercado, podemos usar três abordagens principais para técnicas de mitigação de risco: abordagens baseadas em orçamento, diversificação de portfólio e estratégias de hedge (proteção).
Deixar uma posição perdedora aberta, esperando uma eventual reversão do mercado, pode acabar com todo o capital. Assim, como uma estratégia de gerenciamento de risco forex, quando abrimos uma posição, pré-especificamos as metas de preço e definimos ordens de take profit e stop loss, para automaticamente sair da posição quando forem alcançados. Existem vários indicadores técnicos para identificar metas de preço:
- Suporte e Resistência (S&R) são níveis de preço passados que o ativo lutou para ultrapassar. Um nível de suporte está abaixo do preço atual, enquanto um nível de resistência está acima dele. Em posições longas, os níveis de resistência são usados em ordens de take profit e os níveis de suporte em ordens de stop loss. O uso é revertido em posições curtas. Como há muitos níveis de suporte e resistência, escolhemos de acordo com nosso RRR e volatilidade do mercado.
- Médias Móveis (MM) são indicadores técnicos que representam a média de preços passados. Por exemplo, a MM de 15 dias calcula o preço médio dos últimos 15 dias. A maioria dos traders usa MMs de 15, 30, 50 e 100 dias, dependendo da estratégia de negociação, para identificar níveis-alvo quando o preço está descendo de um pico. As linhas de MM são usadas geralmente quando o preço do ativo está revertendo de uma alta ou baixa intradiária. Essa reversão seria um movimento de correção e consolidação, e a linha de MM indicaria o próximo preço-alvo, onde o movimento é esperado atingir. Uma vez atingida a meta, ele pode fechar o período além da linha de MM e formar uma nova tendência nessa direção; no entanto, se ele apenas quebrar e retornar, a tendência original pode continuar.
- Ponto de Pivô (PP) é a média dos preços altos, baixos e de fechamento em um período de tempo. O mercado está em alta quando o preço está acima do pivô, e em baixa quando o preço está abaixo do pivô. PP é usado junto com S&R. Em reversões de tendência, superar o PP indicaria uma mudança de sentimento e o próximo S&R pode ser testado.
- Intervalo médio real (ATR) é um indicador de volatilidade que reflete a velocidade das flutuações de preço. O ATR calcula a média de 14 dias da volatilidade de preço somando as diferenças de máxima-mínima (ou o preço de fechamento do dia anterior, se for mais extremo no lado alto ou baixo) dos últimos 13 dias e adicionando a diferença máxima-mínima intradiária atual, dividindo-a por 14. O resultado indica o quanto o preço do ativo se move em uma média diária. Os traders comparam o ATR com a diferença máxima-mínima intradiária atual, para entender se o preço se moveu mais ou menos do que a média. Se o preço se moveu mais do que a média, uma saturação diária pode ser inferida; se moveu-se menos, pode-se dizer que ainda há espaço para movimento. O ATR é especialmente útil para ordens de stop-loss, pois ajuda a estimar a extensão do movimento de preço em um evento adverso de mercado.
Diversificação de Portfólio
Diversificação significa “não manter todos os ovos na mesma cesta”. Em vez de focar em alguns ativos similares, você espalha seus investimentos entre aqueles menos correlacionados.
O que é Correlação?
A correlação mede como os ativos se movem em relação aos outros:
- Correlação positiva: dois ativos se movem na mesma direção.
- Correlação negativa: dois ativos se movem em direções opostas.
- Nenhuma ou baixa correlação: os ativos se movem independentemente uns dos outros.
Exemplos de Correlação
- Ativos Positivamente Correlacionados
- Exemplo: USD/JPY e USD/CHF.
- Ambos sobem quando o dólar se fortalece após um relatório econômico.
- Impacto:
- Alto potencial de lucro se o mercado se mover a seu favor.
- Alto risco se o mercado for contra você, pois as perdas de ambos os ativos podem se acumular.
- Dica de risco: evite sobrecarregar seu portfólio com ativos correlacionados positivamente, para limitar o risco.
- Ativos Negativamente Correlacionados
- Exemplo: USD/JPY e EUR/USD.
- O par USD/JPY sobe quando o par EUR/USD cai (e vice-versa).
- Impacto:
- Equilibra seu portfólio, pois os ganhos de um ativo compensam as perdas de outro.
- No entanto, os lucros podem ser mínimos e as taxas de negociação podem eliminá-los.
- Dica de risco: use correlações negativas com cuidado como uma ferramenta de equilíbrio, mas diversifique ainda mais para obter melhores resultados.
- Ativos com Baixa ou Nenhuma Correlação
- Exemplo: USD/JPY e Netflix.
- Esses ativos são influenciados por diferentes fatores, então seus preços não afetam uns aos outros.
- Impacto:
- O risco é distribuído, pois lucros e perdas são independentes uns dos outros.
- É menos provável que um único evento ameace todo o portfólio.
- Dica de risco: combinar ativos com baixa ou nenhuma correlação é uma maneira eficaz de diversificar o risco.
Principais Conclusões: Diversificação de Portfólio
- Distribua seus investimentos em ativos que não se movem na mesma direção.
- Evite exposição excessiva a ativos positivamente correlacionados.
- Concentre-se em ativos com baixa ou nenhuma correlação para melhor distribuição de risco.
Proteção
Hedging é uma estratégia onde você equilibra suas negociações, abrindo posições em direções opostas. Se uma posição incorre em perda, a outra gera lucro, compensando o risco.
Como o Hedging Funciona?
- Abertura de Posições Opostas
- Negocie o mesmo ativo em ambas as direções.
- Exemplo: Se você espera que o par USD/JPY suba, mas quer administrar o risco de estar errado, abra uma posição secundária, apostando que cairá.
- Usando Opções para Hedge
- As opções de compra e venda permitem que você reserve um preço específico (preço de exercício) por um determinado período.
- Isso permite que você feche sua negociação naquele preço antes que a opção expire, reduzindo o custo do hedge.
Ferramentas de Hedge da AvaTrade
- AvaProtect:
- Disponível no aplicativo móvel AvaTrade, o AvaProtect permite que você assegure automaticamente suas negociações contra perdas, por um período definido.
- Por um pequeno prêmio, suas negociações abertas serão seguradas contra quaisquer perdas. Você será reembolsado por quaisquer perdas incorridas durante o período de proteção diretamente em sua conta de negociação, sem nenhuma restrição de retirada.
- Negociação de Opções:
- As opções de compra e venda da AvaTrade ajudam você a proteger posições, reservando um preço de exercício.
- Isso fornece uma rede de segurança para controlar perdas potenciais.
Principais Conclusões: Hedge
- A proteção equilibra o risco, abrindo negociações em direções opostas.
- Opções como Call e Put da AvaTrade permitem que você controle as perdas, mantendo a flexibilidade.
- O AvaProtect simplifica a gestão de riscos, ao garantir suas negociações contra perdas por um período de tempo definido (definido pelo trader).
10 Regras de Gestão de Riscos
Gestão de risco é o aspecto mais importante de qualquer plano de negociação. Além das metodologias matemáticas e estratégicas a serem empregadas, há várias precauções que você pode adotar como trader e considerar em seu processo de tomada de decisão.
- Nunca arrisque mais do que você pode perder.
- Nunca esqueça da Regra nº 1.
- Mantenha-se fiel ao seu plano de negociação.
- Considere custos como spread, rolagem/swap e comissões.
- Limite o uso de margem e monitore a margem disponível para evitar chamadas de margem.
- Use sempre as ordens Take Profit e Stop Loss.
- Nunca deixe posições abertas sem supervisão.
- Registre seu desempenho e ajuste-o conforme você avança.
- Evite períodos de alta volatilidade, como comunicados de notícias econômicas.
- Evite tomar decisões emocionais ao negociar.
Aplicando a Estratégia de Gestão de Risco
É hora de vermos os benefícios da gestão de risco com lucros! Agora que aprendemos o que é gestão de risco financeiro, como o processo de gestão de risco funciona e como podemos melhorar nosso sucesso e aumentar nossos lucros gerenciando nosso risco, podemos negociar com confiança.
Aplique o que aprendeu e observe como seu portfólio alcança uma melhoria sustentável e lucrativa. Comece agora mesmo usando o recurso AvaProtect e veja os benefícios da gestão de risco baseado em opções ou verifique uma conta demo sem risco (também conhecida como conta de negociação em papel) para verificar a eficiência do plano de negociação.
Principais Estratégias de Gestão de Riscos FAQ
- Quais são as estratégias de gerenciamento de risco para traders?
Gestão de risco é uma metodologia que os traders podem usar para minimizar perdas e manter o máximo de capital possível durante as quedas do mercado. Existem seis estratégias básicas de gestão de risco que qualquer trader pode usar para proteger seu capital. São elas: 1. Planejar Negociações 2. Usar a Regra de Um Por Cento 3. Usar Ordens de Stop-Loss e Take-Profit 4. Definir Pontos de Stop-Loss 5. Calcular o Retorno Esperado 6. Diversificar e Proteger Posições Abertas
- O que é a regra do um por cento na gestão de riscos?
A regra de um por cento define a quantidade máxima de risco permitida a cada negociação. Isso também é conhecido como risco por negociação, e é uma técnica de gestão de risco usada para proteger uma conta de perda excessiva. Como você provavelmente já deve ter adivinhado, a regra de um por cento estipula que não mais do que 1% do capital total pode ser arriscado em uma negociação única. Então, um trader com um saldo de conta de US$ 10.000 não arriscaria mais do que US$ 100 em uma única negociação.
- Qual é a melhor estratégia de gestão de riscos?
Quando se trata de gestão de risco, há quatro estratégias básicas: 1. Evite-o. 2. Reduza-o. 3. Transfira-o. 4. Aceite-o. Dessas, a melhor estratégia de gestão de risco, se você ainda quer negociar e tem a oportunidade de lucrar, é a estratégia número 2 – Reduza-o. Se você evitar risco, terá que parar de negociar, e se você aceitá-lo, é muito mais provável que você tenha grandes perdas. Transferir também pode funcionar, mas não é viável — quem aceitaria seu risco de negociação?